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quinta-feira, 3 de julho de 2008

Autores atuais reescrevem Machado de Assis



No centenário da morte de Machado de Assis, com organização do premiado contista, doutor em Letras pela Unicamp e professor universitário Rinaldo de Fernandes, a Geração Editorial lança a antologia Capitu mandou flores: contos para Machado de Assis nos cem anos de sua morte, que, além de incluir os dez melhores contos de Machado, traz um conjunto de narrativas recriando esses dez melhores contos e passagens/situações do romance Dom Casmurro. São autores renomados, emergentes e jovens promessas da literatura brasileira atual que reescrevem Machado de Assis na antologia: Lygia Fagundes Telles, Moacyr Scliar, Hélio Pólvora, Cecília Prada, Nelson de Oliveira, André Sant’Anna, Fernando Bonassi, Glauco Mattoso, Ivana Arruda Leite, Andréa del Fuego, Marcelo Coelho, Deonísio da Silva, Daniel Piza, Godofredo de Oliveira Neto, Bernardo Ajzenberg, João Anzanello Carrascoza, Antonio Carlos Secchin, Leila Guenther, Marilia Arnaud, Rinaldo de Fernandes, Raimundo Carrero, Mário Chamie, Aleilton Fonseca, Tércia Montenegro, Maria Valéria Rezende, Maria Alzira Brum Lemos, W. J. Solha, Amador Ribeiro Neto, Carlos Gildemar Pontes, Nilto Maciel, Aldo Lopes de Araújo, Suênio Campos de Lucena, Carlos Ribeiro, Ronaldo Cagiano e Sérgio Fantini.
Diz Rinaldo de Fernandes, no texto de apresentação da antologia: “O conto ‘Missa do Galo’, de Machado de Assis, é aqui recriado por quatro escritores. Osman Lins, na década de 70, já havia preparado um livro propondo o mesmo a cinco autores: Antonio Callado, Autran Dourado, Julieta de Godoy Ladeira, Lygia Fagundes Telles e Nélida Pinõn. O próprio Osman Lins, com uma narrativa inédita, integrou o livro, intitulado Missa do Galo – variações sobre o mesmo tema. Retomei o projeto do autor de Avalovara e o ampliei. Agora não apenas ‘Missa do Galo’ é refeito, mas ainda nove outros contos de Machado. O conjunto dos dez contos aqui reescritos: ‘Missa do Galo’, ‘A Cartomante’, ‘O Espelho’, ‘Noite de Almirante’, ‘A causa secreta’, ‘Pai contra mãe’, ‘O Alienista’, ‘Uns braços’, ‘O Enfermeiro’ e ‘Teoria do medalhão’. Foram, na ordem em que estão, escolhidos como os melhores do Bruxo por dezessete escritores brasileiros, em enquete que realizei”. Diz ainda Rinaldo: “Para ampliar ainda mais o projeto em que me baseei, aqui são reescritos também trechos/situações do Dom Casmurro (um resumo do romance foi feito pela professora de literatura brasileira Sônia Maria van Dijck Lima). Há ainda alguns ensaios, fechando o livro, que investigam aspectos importantes da ficção, da poesia e do teatro machadianos.” Ensaios imperdíveis, de autores importantes, como Silviano Santiago, Luiz Costa Lima, Pedro Lyra, Regina Zilberman e André Luís Gomes.
Enquanto, no presente, para prestar homenagem aos cem anos de morte do autor, alguns lançamentos acumulam-se buscando cobrir as tantas facetas da produção de Machado, este Capitu mandou flores consegue abarcar várias delas de uma só vez: traz narrativas insuperáveis do célebre escritor, as recriações dessas narrativas e ainda ensaios bastante esclarecedores de aspectos fundamentais da obra do autor de Brás Cubas.
Com certeza, este livro ficará entre as obras mais importantes da literatura brasileira contemporânea. Um exercício de reescritura de Machado de Assis até aqui nunca proposto em nossas letras, abrangendo tantos autores e textos de qualidade. Pode-se afirmar sem medo: um livro ímpar, para ser lido por gerações. Um livro imperdível!
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