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domingo, 3 de agosto de 2008

Dia suspenso (Aldemar Norek)



estende o hálito da tarde sobre mim
dia suspenso
dia que perdi num lapso branco revestido por vermelhos avos
e emergido assim da treva em cores de marfim


há lápides no ar
extensos ritos sons dispersas iras
tal cravos de arlequim
e sorriso nenhum sossego
pânico nenhum
só me espargiu o travo desse dia resgatado ao desterro


não ir é o meu caminho
e a nula urgência e a falta de motivos
formam pacto comigo
quando este dia elimina
rosto abrigo treva tempo
sentido.
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