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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Parricida! (Eliane Triska)

... Ele havia feito tudo demasiado belo...
O diabo é apenas a ociosidade de Deus a cada sétimo dia...
Nietzsche – Ecce Homo



Ateu, me nego a ver teu mundo grande
E os dias findos dessa vida imposta.
Eros! Tanatos! Paz! Filhos de Ghandi
E a guerra, por herança, sem resposta.



Fugir do pesadelo... O que nos pesa?
É a imortalidade não ter dono?
Salvar-se! Ver o corpo aceso à treva
E a alma ir vaguear além do sono.


Sem êxito, tu, ó sátiro, bem sabes
Do todo inculto no infernal do Hades.
Proclama-te no mundo dos ausentes:


– Sou filho parricida dessa terra!
Ao lado do que é Pai, e a todos vela,
Implora-lhe o perdão do que não sentes.

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