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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

De imortalidade e delírio (Ricardo Alfaya)



Caro Nilto,
Aproveito sua mensagem para registrar o recebimento de seu excelente “Como me tornei imortal”, cuja leitura estou fazendo aos poucos. Aliás, a crônica “Delírios verbais em tarde de setembro” poderia ter sido tranquilamente incluída nele.  Foi uma grande ideia que você teve o desenvolvimento desse estilo tão peculiar de crônica-resenha e, dentro dele, reunir em livro aquelas que dizem respeito a autores cearenses. Um aspecto interessante é que vc não perde o foco da crônica, da narrativa. Contar uma boa história se sobrepõe à ideia de fazer uma resenha rigorosa, profundamente argumentativa. Conforme faz na debaixo, vc até permite o convívio do argumento contrário ao seu. Seja ele ficcional ou real, certamente obriga o leitor a uma tomada de posição. E, no caso de desconhecimento da obra do autor citado, à procura de conhecer-lhe melhor o estilo para poder opinar. E há casos em que você nem centra tanto na obra, mas na pessoa do escritor, como faz nas dedicadas a Soares Feitosa e a Márcio Catunda, transformados em personagens envolvidos em narrativas especiais. Em suma, um livro sobre livros e autores, as principais e mais significativas aventuras das vidas da maior parte dos escritores. Afinal, poucos de nós são com Oscar Wilde, Rimbaud ou Whitman, que conseguiram ter uma vida real tão dinâmica e repleta de ocorrências quanto a própria obra que deixaram.
Continuarei lendo.
Um grande abraço,
Ricardo Alfaya

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