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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Ladrilhos (Luiz Martins da Silva)




















Qual tinta em mata-borrão,
Se espraiando em aquarela,
Eu vi teu corpo em sabão,
Moldura, no teu chuveiro.

Tanto quanto é o aguardo
Medida do desespero,
Acúmulo de ânsia líquida,
Por entre teus dois joelhos.

Meu indicador desenhando
Teu nome em vapores d’alma
E tua boca cingindo
Todo o meu cetro de fauno.

Exaustos de tantos arquejos,
Enfumaçando os espelhos,
Nossos roucos vultos lassos
Escorrendo em aguaceiro.


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