(Stéphane Mallarmé por Edouard Manet)
Dentro do
verso,
meu
universo:
tudo é
possível
e tudo é
nada.
Dentro de
mim,
dor e
cetim:
minha
loucura,
meu
alicerce.
Sou e não
sou,
ao mesmo
tempo,
voz e
luxúria.
Não basta
ao vento
a sua
fúria?
Basto-me
louco.
(Do livro A Flauta em
Construção, 1993)
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