Hoje tive a grata surpresa de receber
novo livro de Nilto Maciel – Gregotins
de desaprendiz –, que me deixou ansioso para ler. O último que li foi Menos vivi do que fiei palavras, livro
que me encantou e me surpreendeu. Como o próprio Nilto diz, e concordo com
ele: “Gosto de surpresas...”, referindo-se a um romance que lia no momento, e
que não a estava encontrando no tal romance.
Acredito que Menos vivi do que fiei palavras é um livro que deveria ser lido
por todos que pretendem se tornar escritores. Acho que não foi esta a
intenção dele, mas à medida que comenta outros autores, dá uma lição de como
escrever um bom livro, é evidente. Mais uma vez concordo com Nilto: “... arte
não se aprende. É talento, vocação, inspiração, predestinação. Seguidos de
aprendizado, paciência, trabalho, dedicação.” Estão servidas as suas “dicas”
a este segundo momento do trabalho.
Foram muitos os momentos em que me
identifiquei com o autor em seus relatos, o que me deixou menos desamparado,
menos só, como na seguinte passagem: “A leitura para mim ocorre,
fundamentalmente, por dever (de escritor) e por falta de ocupação melhor.
Para renovar a literatura, é preciso ler muito.”
Sem dúvida, como bem diz o poeta João
Carlos Taveira, Nilto Maciel é um dos escritores mais completos da moderna
ficção brasileira, como também o foram Graciliano Ramos, Machado de Assis,
entre outros mestres da nossa literatura.
*Daniel Barros é autor do romance O sorriso da cachorra, e tem no prelo Enterro sem defunto, também romance.
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