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quarta-feira, 9 de julho de 2014

SÔBOLAS MANHÃS* - Homenagem a Nilto Maciel (Horácio Dídimo)




Sôbolos rios que vão
Camões


Sôbolas manhãs que vêm
Como os rios desta vida
Que agora trazem também
Repentina despedida

Sôbolas  manhãs de quem
Nos deixa bem definidas
Formas  que expressam tão bem
Nossas breves sobrevidas

Sôbolas manhãs do além
Voa Nilto Maciel
Para o céu dos escritores

A luz da sua escritura
É palavra que perdura
E  azula todas as cores

:::Exercícios de admiração
     Horácio Dídimo

_____________
*MACIEL, Nilto. Sôbolas manhãs. Porto Alegre: Editora Bestiário, 2014
Cf. MACIEL, Nilto. Luz Vermelha que se Azula. Fortaleza: Expressão Gráfica Editora, 2011
- Sobre Horácio Dídimo, ver o link: http://pt.wikipedia.org/wiki/HorácioDídimo

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ilusão (Inocêncio de Melo Filho)




Inês viva
Inês morta
Transita na memória
Memória lusitana
E agora que te encontrei
Não sei mais
Se és viva ou morta
Minha Inês
Não sei mais se és sonho
Ou se fico acordado
Com os olhos postos em ti
Oh! minha Inês
Viva ou morta?

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domingo, 20 de abril de 2014

Morrer (Pedro Du Bois)






Na obviedade
esqueço a importância: sei
dos selvagens não contatados

a secularidade na datação
civilizada: aos selvagens restam
estações monitoradas por satélites

em estradas abertas
ao progresso o óbvio acompanha
a máquina: a mortandade acontece
antes do contato.


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sábado, 19 de abril de 2014

A morte (Teresinka Pereira)



 
Não falta nunca 
a morte!
Desnuda os reis
e põe manto de estrelas
nos pobres.
Mas aos gênios
que criaram
mundos em nossa
imaginação literária
os faz renascer
em melhor dimensão
de eternidade.
Vamos enxugar as lágrimas
Gabriel García Márquez
acaba de renascer!

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segunda-feira, 14 de abril de 2014

O palhaço rei negro do Brasil (Diogo Fontenelle)


Diogo Fontenelle


Hoje tem goiabada? Tem sim Senhor!
E o palhaço o que é? É ladrão de mulher!
Benjamim de Oliveira, moço negro cheio de amor,
Fugiu com o Circo Sotero numa carroça qualquer...

Palhaço negro do sorriso de luz azul marinho,
Face pintada de branco por melodia multicor...
Palhaço maior de um Brasil muito mesquinho,
Palhaço maior a dourar nosso olhar sonhador...

Palhaço Rei das Multidões a soprar sorrisos mil,
A despertar as Infâncias do coração mais gentil...
Ele morreu na solidão feito vendedor de ilusão,
Sem goiabada nem mulher, sem voz nem violão!

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sábado, 12 de abril de 2014

Repetição (Teresinka Pereira)




A vida leva tudo
para o passado.
Embora a repetição
pareça com o que já vivemos,
o presente carrega
uma experiência de valor.
A coragem para ver o futuro
é pura questão de vontade.
Quando a vida está suja,
limpamos outra vez.
O amor é volúvel,
até mesmo na recuperação.
Mas a química do amor próprio
deve ser o maior tesouro
na vitória da vida toda!

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