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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Os não-leitores de Moreira Campos (Nilto Maciel)


(Continuação)

 

Deve ter razão Anderson Braga Horta: “Será que os que não conhecem o autor vão topar?” Pois das centenas de pessoas a quem enviei o questionário apenas 15% responderam. 85% certamente não tomaram conhecimento de suas peças e, portanto, não quiseram mostrar o rosto. Além do mais, não é pecado nenhum não estudar Moreira Campos. Os corajosos (?) são poucos:

Astrid Cabral (Manaus, AM, 1936, reside no Rio de Janeiro): “Não conheço Moreira Campos, embora o nome me soe familiar. Nunca li nenhum livro dele. Talvez alguma(s) crônica(s)”.

domingo, 12 de maio de 2013

Leitores mais contidos nos comentários (Nilto Maciel)


(Continuação)

 

De variadas idades e naturalidades, temos ainda estes leitores especiais e contidos nos comentários:

Ana Miranda (Fortaleza, 1951): “Sim, conheço Moreira Campos. Li dois livros dele, uma antologia de contos e Dizem que os cães veem coisas”.

Ângela Calou (Juazeiro do Norte, CE, 1988): “Sim, conheço Moreira Campos desde os tempos do colégio, quando em uma aula de literatura do primeiro ano do ensino médio, fizemos a leitura de Dizem que os cães veem coisas. Sim. Li A grande mosca no copo de leite”.

Badida Campos (nome artístico de Marisa Alcides Campos, filha de Moreira, radicada em Recife): “Rindo... Conheço sim e que saudade eu tenho dele, amigo!!! Li todos. Alguns possuem dedicatórias sonantes como esta: ‘Para a minha Badida, filha querida e sensível, com o amor e a grande ternura do Paizinho’".

Leitores da terceira geração (Nilto Maciel)


(Continuação)

 

Os mais novos (nascidos depois de 1960) leitores de Moreira Campos são em grande proporção:

Alexandre Pessôa Brandão (Passos, MG, 1961): “Por ter ido ao Ceará e conhecido a Tércia Montenegro e o Pedro Salgueiro fui apresentado ao Moreira Campos. Li (livro de contos, mas cadê o nome? Comprei em uma livraria aí em Fortaleza) e fiquei impactado. Mestre mesmo. Foi o mais recente (eu acho): Dizem que os cães veem coisas.

André Seffrin (Júlio de Castilhos, RS, 1965, reside no Rio de Janeiro): “Conheço a obra de Moreira Campos há muitos anos, mas confesso que não o li o suficiente. Ainda adolescente, adquiri alguns livros: O puxador de terço, 10 contos escolhidos, em seguida Os doze parafusos e A grande mosca no copo de leite. Bem mais tarde, a Obra completa, em dois volumes. Ainda tenho comigo todos esses livros, que de vez em quando revisito. Mas é autor que nunca li de maneira sistemática — como fiz com as obras de Dalton Trevisan, Samuel Rawet, entre outros — e sim fragmentariamente. Deixou-me, no entanto, forte impressão, de contista de primeira linha, isto é, bem posicionado na linha de frente da melhor ficção brasileira”.

sábado, 11 de maio de 2013

Leitores da segunda geração (Nilto Maciel)



(Continuação)

 

Da geração posterior (anos 1940/50) destacam-se os comentários dos seguintes leitores:

Batista de Lima (Lavras da Mangabeira, CE, 1949): “Conheci Moreira Campos. Fui colega dele na Academia Cearense da Língua Portuguesa. Fiz minha dissertação de Mestrado sobre a obra dele e publiquei depois. Li tudo o que ele escreveu, mais de uma vez. São 140 contos, um livro de poemas e as crônicas publicadas no jornal O Povo”. Seus estudos da arquitetura moreiriana são fundamentais para o conhecimento crítico dela.

Beatriz Alcântara (Fortaleza): “Moreira Campos foi meu professor na UFC. Pessoa serena, com humor ocasional  interessante e de convívio agradável. O primeiro livro seu que li foi Dizem que os cães veem coisas, a seguir procurei a leitura de Contos escolhidos. Depois fiquei seguindo-o em revistas, antologias e jornais”.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Os leitores de Moreira Campos: primeira geração (Nilto Maciel)

(Continuação de "Uma consulta via Internet")

 

Os respondedores das duas perguntas (Você conhece Moreira Campos? Já leu algum livro dele?) estão assim divididos: um terço são cearenses ou residentes no Ceará; dois terços de outros Estados. Da primeira geração após a de Moreira Campos são apenas oito. O grande número é composto de pessoas nascidas a partir dos anos 1940. Um pouco mais da metade declarou ter conhecimento do ficcionista, enquanto os demais disseram não ter notícia dele. (Neste aspecto, há dúvidas, pois alguns afirmam conhecer o autor, porque leram uma ou duas de suas composições ou meras informações biográficas dele). Há igual proporção entre leitores e não-leitores.

Uma consulta via Internet (Nilto Maciel)



Aqui e ali, me lembro de homens de letras aos quais não tenho ouvido mencionar. Faço interrogações: Você conhece fulano? Na maioria das vezes, nunca ouviram sequer o nome. Os mais velhos me deixam mais confuso ainda: Desse não me lembro, mas tenho boa lembrança de sicrano. Então citam o nome de quem só li uma ou duas vezes na vida. Os mais novos, a maioria, não sabem se estou a brincar ou a lhes fazer pergunta. Não, não sei quem foi esse Holdemar Menezes. Apresento-lhes A coleira de Peggy e A sonda uretral. Leio trechos. Ficam estarrecidos. E ninguém se refere a ele? Ninguém o reedita?