Fui o primeiro deles. Assim, posso falar a respeito de nós, inclusive dos mortos. Eu me sabia superior aos homens em todos os sentidos. Depois de mim veio aquela onda de dar aos bebês humanos o meu nome. Talvez assim esses futuros cidadãos se parecessem comigo. Além disso, o controle da natalidade deixou de interessar aos casais. Todo mundo queria procriar. Para ter filhos como eu. Logicamente que o fenômeno não se deu da noite para o dia. Antes de um ano de idade, meus cinco primeiros homônimos moravam no mesmo prédio onde eu vivia. Fora daí ninguém mais sabia de mim. Porque meu pai fez chantagem com os pais desses pobres meninos. Se revelassem o segredo de minha excelência genética, ai deles. Doenças terríveis, demência, vinditas extraterrenas.
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2006
Ubirajara Galli: êxtase fabular (Nilto Maciel)
A Poesia é êxtase. A linguagem poética, desde as suas origens, é encantatória. O objeto da Poesia é o maravilhoso. Para os mais apegados às idéias de engajamento político estas três afirmações soarão como retrógradas. No entanto, A Fábula do Êxtase, de Ubirajara Galli, é um livro novo. A linguagem deste “poema único em seis estações” ou destes poemas reunidos é genericamente a do prazer, ou do hedonismo e, por isso, mágica. Perdidas no interior dos versos, palavras como “sereias”, “lábios”, “língua”, “bica láctea” e “mamas afáveis” falam de sedução e prazer sexual.
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