Por que o manuscrito de Yellah continua inédito? Não me refiro ao meu livro, mas ao documento deixado pelo astrônomo. Não ando à cata de glórias literárias, que certamente o livro me darão, nem sou um explorador do fantástico. Ora, o manuscrito se contém em umas trinta laudas apenas. Eu o teria publicado em jornais e revistas, sem uma só palavra a mais, não fossem as recusas dos editores. Foi esta minha primeira intenção, foi este meu primeiro ímpeto.
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quinta-feira, 16 de março de 2006
Literatura e Internet (Nilto Maciel)
Os sites literários devem ser grandes depósitos de textos, bibliotecas universais? Devem abrir espaço para a discussão de problemas editoriais no Brasil? Os catálogos das editoras e as estantes das livrarias brasileiras revelam que os escritores brasileiros contemporâneos (poetas, contistas e romancistas) são minoria no imenso universo do livro. Estão espremidos (quando muito) entre livros didáticos (a maior fonte de lucro), clássicos da literatura universal e brasileira (domínio público), traduções, biografias, livros de auto-ajuda, etc. O ideal seria a elaboração de uma lei que criasse um fundo, cujos recursos proviessem dos lucros obtidos pelas editoras com a publicação dessas obras de domínio público. Esse fundo poderia patrocinar concursos públicos para publicação de obras inéditas ou mesmo editar (como o fazia o Instituto Nacional do Livro) livros selecionados em concurso ou em outra modalidade de seleção.
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