O professor Mendes não sabia com precisão quando tivera a ideia de escrever seu inconcluso livro. E não se arriscava sequer a falar do ano.
— Mais ou menos — instavam seus amigos.
— Pode ter sido em 64, muito antes, ou muito depois; não sei.
Bem, se não se lembrava do tempo da fecundação, dissesse então por que decidira criar a obra — exigiam os outros. Por querer celebrizar-se? Por admiração ao filósofo? Por puro diletantismo?