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segunda-feira, 14 de agosto de 2006

A impressão da realidade em “As insolentes patas do cão”, de Nilto Maciel (Tanussi Cardoso)




As estórias de Nilto Maciel nos pegam pelo imprevisto, pela frase cortada, fragmentada, pelo jeito de quem está narrando um fato com descontração. É um modo singular de escrever. Nilto Maciel não ilude o leitor com firulas desnecessárias, não o engana com frases de efeito. Não tem vínculo com uma certa literatura que teima em parecer pedante. Mas por trás dessa aparente simplicidade há um escritor pleno de seus objetivos, que sabe contar uma estória com desenvoltura. Engana-se quem pensar ao contrário. Nilto Maciel lima as gorduras do texto e, vigorosamente, trabalha com a palavra certa, no lugar certo e na hora certa. Como cabe aos bons escritores.

sábado, 12 de agosto de 2006

O confessor lascivo (Nilto Maciel)



O primeiro livro de Frederico Ozanam fez muito sucesso. Talvez em razão do título: Histórias indecorosas.

Começa por onde poucos terminam — chegaram a dizer. Na verdade, o livro foi editado pela empresa editorial mais rica do país. Os direitos autorais foram pagos antecipadamente. Jornais, revistas, televisões se referiam, diariamente, ao novo fenômeno literário. Nunca um livro vendera tanto em tão pouco tempo — meio milhão de exemplares em questão de dias.