Quando o trem parou na estação, o sol acabava de se esconder. Uma dezena de meninos sujos me cercou. Disputavam entre si o direito de carregar minha maleta, o jornal e até o cigarro que eu fumava. Desfiz-me deste, distribuí para cada deles uma folha do jornal e entreguei a carga mais pesada a um rapaz musculoso.
Translate
segunda-feira, 9 de outubro de 2006
Babel (Erorci Santana)
Unanimemente reconhecido como um dos mais expressivos criadores da moderna ficção brasileira, o cearense Nilto Maciel, radicado em Brasília, editor da revista Literatura, traz a público os contos reunidos em Babel, que em vários momentos constitui-se numa tentativa de restauração da ordem num mundo caótico e apocalíptico, onde os seres foram privados de seus balizamentos existenciais. Assinalam e antecipam o fracasso da civilização, o fim do ordenamento racional. Daí seu enredo insano e desfecho quase sempre trágico. Escritos nos anos de 1975/76, engavetados por imerecido pudor, reescritos, burilados e finalmente dados à fruição, curtos, cortantes e desestruturadores, esses contos de Nilto Maciel revelam excelências narrativas e causam não poucas estupefações.
(Jornal O Escritor, da União Brasileira de Escritores, São Paulo, SP, outubro de 1997)
/////
Assinar:
Postagens (Atom)
TODOS OS POSTS
Poemas
(615)
Contos
(443)
Crônicas
(421)
Artigos
(371)
Resenhas
(186)
Comentários curtos
(81)
Variedades
(59)
Ensaios
(47)
Divulgações
(26)
Entrevistas
(24)
Depoimentos
(15)
Cartas
(12)
Minicontos
(12)
Prefácios
(9)
Prosa poética
(7)
Aforismos
(6)
Enquete
(6)
Diário
(5)
Epigramas
(4)
Biografias
(2)
Memórias
(2)
Reportagem
(2)
Aviso
(1)
Cordel
(1)
Diálogos
(1)
Nota
(1)
TEXTOS EM HOMENAGEM AO ESCRITOR NILTO MACIEL
(1)
Vídeos
(1)
Áudios
(1)