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segunda-feira, 23 de outubro de 2006

Nilto Maciel, o mago do conto (Silvério da Costa)



 
Há tempos vinha dizendo para mim mesmo que o Nilto Maciel era um dos maiores contistas brasileiros da atualidade. Minha dúvida consistia em saber se existia no Brasil alguém que o superasse na difícil arte de narrar histórias curtas. Depois de ler o seu excepcional Pescoço de Girafa na Poeira, 1º lugar na categoria conto, na Bolsa Brasília de Produção Literária, 1998, da Fundação Cultural do Distrito Federal, a dúvida foi debelada.

O primeiro homem (Nilto Maciel)




Quando Leão morreu, até papai, que tinha um coração de pedra, chorou. Inconformada, amaldiçoei todos os carros do mundo. Logo, porém, me conformei, porque a morte do bichinho me foi favorável: voltei a ser a menininha da casa. Todo o recente passado ressurgiu mais caloroso ainda, na forma de mimos, chocolates, passeios ao zoológico.