Fazia muito calor, as muriçocas cantavam ao pé do meu ouvido, os cachorros latiam longe, em cadeia, insones e monótonos, e eu não conseguia dormir, por mais que remexesse os baús da infância. Banhos de rio, o tempo das chuvas, cantigas de roda. Onde está a Margarida, ô lê, ô lê, ô lá; onde está a Margarida, ô lê, seus cavaleiros.
Em dada hora, ouvi a voz de César. Falava com a mãe e perguntava pelas irmãs. Depois tudo se calou e só eu falava comigo mesma e cantava para me ninar.