Há escritores para quem a técnica se converte numa espécie de obsessão, um refazer constante em busca de seu arquétipo, às vezes consistente na linguagem enquanto processo(forma), outras na solidez de uma tese (fundo) que se converte em finalidade do próprio ato de escrever. Esse uso exaustivo e abusivo da técnica, mormente enquanto processo da escrita, acaba se convertendo em estilo, o que, como bem adverte Octavio Paz, pode transformar a obra literária em mero artefato.
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terça-feira, 24 de outubro de 2006
Prelúdio para a morte de César (Nilto Maciel)
Fazia muito calor, as muriçocas cantavam ao pé do meu ouvido, os cachorros latiam longe, em cadeia, insones e monótonos, e eu não conseguia dormir, por mais que remexesse os baús da infância. Banhos de rio, o tempo das chuvas, cantigas de roda. Onde está a Margarida, ô lê, ô lê, ô lá; onde está a Margarida, ô lê, seus cavaleiros.
Em dada hora, ouvi a voz de César. Falava com a mãe e perguntava pelas irmãs. Depois tudo se calou e só eu falava comigo mesma e cantava para me ninar.
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