Ivo subiu à calçada. De longe avistou umas pernas desnudas. Quem seria aquela criatura? À esquerda um carro parado. O motorista de bigodes ria. De quê? E se também estivesse a olhar pelo espelho as pernas da garota? Cabelos louros a esvoaçar, distraída. Porém não podia ficar ali parado, feito um vagabundo. Havia mais gente na praça. O coração bateu mais intensamente. De relance viu a calcinha branca. À direita um homem e uma mulher conversavam, em pé. Riam também. Alguma piada. A mulher sacudia-se toda.
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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007
A arquitetura verbal de Nilto Maciel (João Carlos Taveira)
Nilto Maciel não é só um escritor. Além de um bom escritor e de um imprescindível articulador literário, é o artista da palavra que sabe compreender e assimilar os avanços estilísticos de seu tempo. E, como tal, procura, sem nenhuma demonstração de cansaço, o aperfeiçoamento do próprio estilo, para melhor conduzir a narrativa na construção de seus personagens. Nesse sentido, sua escritura o aproxima não de um Graciliano Ramos, também nordestino, mas do Machado de Assis maduro e inconfundível de Quincas Borba e Memorial de Aires.
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