
Quando mais uma pessoa caiu do edifício Tróia, a história das tragédias lá ocorridas voltou à baila. Relembraram repórteres as outras mortes no prédio de vinte andares. Um ano atrás, uma jovem se havia espatifado na calçada, caída do 18.º andar. E ainda não se concluíra o inquérito. Inoperância da polícia – asseguravam jornalistas. Para o delegado, podia se tratar de suicídio, hipótese não aceita pela família da vítima. No ano anterior a esse, um homem voou do 19.º andar. Portava asas de papelão e uma máscara. Disseram ser réplica da face de Cristo. Nos dias anteriores à inauguração do edifício, ainda em obras, um operário escorregou de um andaime do último andar e deu início à série de tragédias acontecidas no lugar. No dia seguinte alguns jornais noticiaram o fato, sem alarde. E ficou nisso.