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quarta-feira, 30 de abril de 2008

Livro "Quartas Histórias" é estudado na Sorbonne




Quartas histórias: contos baseados em narrativas de Guimarãres Rosa, organizado pelo contista e professor Rinaldo de Fernandes e editado pela Garamond (RJ), em 2006, será objeto de leitura nas aulas de Literatura Brasileira na Sorbonne. Jacqueline Penjon, titular da matéria, fez da obra de Guimarães Rosa tema de sua tese de doutorado e está curiosa para ver como os autores desse livro idealizado por Rinaldo releram e revisitaram contos ou novelas do autor de Grande sertão: veredas. Os escritores que integram o livro e que terão seus contos estudados por Jacqueline Penjon são: Aleilton Fonseca, Amador Ribeiro Neto, André Sant’Anna, Antonio Carlos Secchin, Antonio Carlos Viana, Ataíde Tartari, Bernardo Ajzenberg, Carlos Gildemar Pontes, Carlos Ribeiro, Cecília Prada, Deonísio da Silva, Fabrício Carpinejar, Fernando Bonassi, Geraldo Maciel, Godofredo de Oliveira Neto, João Anzanello Carrascoza, José Castello, José Rezende Jr., Leila Guenther, Luzilá Gonçalves Ferreira, Marcelino Freire, Marcelo Carneiro da Cunha, Maria Alzira Brum Lemos, Marilia Arnaud, Mário Chamie, Miguel Sanches Neto, Nelson de Oliveira, Nilto Maciel, Paulo Franchetti, Pedro Salgueiro, Raimundo Carrero, Ricardo Soares, Rinaldo de Fernandes, Ronaldo Correia de Brito, Ruy Espinheira Filho, Sérgio Fantini, Silviano Santiago, Suênio Campos de Lucena, Tércia Montenegro e W. J. Solha.

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segunda-feira, 28 de abril de 2008

Ponto final (Belvedere Bruno)




Naquela manhã, caminhando pela orla, admirava o céu azul e sentia o cheiro de maresia, relembrando cenários de infância. Catar conchinhas, procurar tatuís, fazer castelos na areia... Subitamente, fui tirada do paraíso pelo som insistente do telefone celular.
- Senhora X ?
- Sim.
- Lamento informar que seu filho,Y, foi atingido por uma bala perdida. Está morto.
Gritei um não como se fosse explodir.
Desde então, aquelas malditas palavras martelam minha mente e dilaceram o que restou de meu coração. Três anos...
Morta estou para todo o sempre. Recuso-me a falar, a ouvir e a pensar que exista um mundo que vibre lá fora, se nele não há mais o sorriso de meu filho.

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