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sábado, 14 de junho de 2008

Noir (Astier Basílio)

















a cada etapa
do aprendizado
fui me deixando.
Meus olhos só abriram
arrancados.
Marca alguma me fixou:
o amanhã é minha multa,
o reverso, minha verdade.
Eu sou
o que não tem parte
com os espelhos.
Me desfazer de todos
até sobrar o que
não fui.
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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vou dormir (Antonio Carlos da Matta)

















Vou dormir


Quando meu Pai quiser.


Face a face, julgado.


Erros e acertos,
Sentimentos...


Minhas causas


Aparentemente perdidas.


Vou dormir


Quando meu Pai quiser.
Amanhã... Nossos rostos


Sem lágrimas nos olhos.


Juntos estaremos


Quando o Sol se puser.


Não haverá mais desertos,


Pedras no caminho, mares,


E vales a nos separar.


Tu és a divina Luz!...


Toda língua confessará.


Sobre as nuvens


Em Nova Jerusalém,


Louvores eternos


Sempre iremos cantar.


Vou descansar...


Quando meu Pai quiser.


Amanhã... Nossos rostos


Sem lágrimas nos olhos.


Juntos estaremos


Quando o Sol se puser.


Amanhã...

/////