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quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Manhã de domingo (Silmar Bohrer)




Anda um pica-pau tinhoso


picando ali na madeira,


e o meu "bosco", receoso,


"vais derrubar a perobeira !"
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terça-feira, 14 de setembro de 2010

A respeito de "Jogo de palavras de Joaquim Branco"

Emanuel Medeiros Vieira

Muito tocante a tua crônica, Nilto. Extremamente lírica. Mais velhos, parecemos, como dizer?, mais enternecidos, mais compreensivos com o mistério da vida e do mundo. Não? Antônio Cândido falava da simpatia humana do homem desencantado. A situação que transfiguras (um momento da vida) -, pegar um envelope, a moça linda, aquela velha e boa lubricidade contida, que não pode nos largar, a homenagem ao Joaquim, Branco. Falo isso desde os 20 anos: mas ainda me dói o esquecimento pela maioria de tanta gente boa, tanta gente esquecida. Mas toquemos. Parece que estás mais solto, mais lúdico, mais terno. Eu também não sou mais o "fundamentalista ideológico", irado, como um pároco... Na outra encarnação, devo ter sido pregador... Agora, "toco" a vida. No fundo, penso muito no tempo, e sou um velho existencialista... Perdoa o psicologismo deste pobre homem do Desterro... Parabéns! Abração do Emanuel (Medeiros Vieira)
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