Apenas peregrino/pulsante,
“é vermelha, cor do sangue” – ela diz,
jogando a calcinha no tapete,
contemplo o matagal
sal da vida
úmido
pêlos encrespados,
teus gemidos cortam a tarde, como um túnel,
meu dedo em romaria no teu útero
matriz de tudo
“mater” minha
cachorro late ao longe, ronco de um caminhão,
o tempo zomba de nós,
lambes – lúbrica – a língua,
viva!, a Portuguesa, e esta que me arrepia agora.
Bússola afetiva: decifro (?) o mapa do teu corpo
(vacina de infância),
minha sina, minha mina,
estupidamente comovido,
cumpro a jornada – esta vida.