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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

velho/ano/novo (Silmar Bohrer)


Vai-se o trinta e um
dezembrino.


Dias risonhos.


Mechas de vidas
flores
louvores
amores.


Pechas de sonhos.


Ilusões perdidas
dissabores
desamores
desalentos.


Como será
o dois mil e onze teatino ?


Cabe ao destino...


311210
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Palavra: poesia (Tânia Du Bois)


Concordo quando Chico Buarque disse que “agora posso cuidar da poesia”, pois, ela trata a palavra em seu momento mais inspirado, no inteligente jogo de significado e significante.

O brasileiro desvenda os segredos das palavras através da poesia, comunicando-se com a linguagem da liberdade, podendo criar novos ideais, voar, sonhar e até mesmo vivenciá-la.

POESIA É VIDA! Ela nos brinda com palavras mágicas. Então, pergunto: qual é o segredo que elas guardam? Lêdo Ivo responde: “A poesia é um segredo / feito de êxtase e medo / que não confio a ninguém – nem a mim mesmo".

E como cada um de nós ao ler um poema sente esse segredo? Bem, magicamente, o inatingível torna-se palpável. De alguma forma participamos vivenciando momentos e emoções. Destacar a palavra “poesia” mostra a sua importância e como ela muda as nossas vidas, tornando-nos novos amantes da poesia.

Desejamos segredo maior que o contido nas expressões poéticas?

“... você foi o melhor dos meus erros //... você foi a mentira sincera /

... esqueci de tentar te esquecer.” (Outra Vez, de Isolda)

Sentir a energia que emana do relacionamento direto entre o escritor e a sua obra, do letrista com sua lírica, é algo imperdível para as pessoas de sensibilidade.

Como escreveu o poeta Ferreira Gullar, “... pretendo que a poesia tenha a virtude de, em meio ao sofrimento e ao desamparo, acender uma luz qualquer”. E Jorge Luis Borges arremata que “a poesia não é alheia, a poesia está logo ali, a espreita. Pode saltar sobre nós a qualquer instante. E a vida, tenho certeza, é feita de poesia.”

Poesia é descobrir a essência mágica das palavras. A linguagem como significado, como expressões que avessas ao poema destacam o fascínio do código em si. Seu ingrediente fundamental é despertar nossa atenção para ser explorada em papel literário e transformada em magia.

Encontro em Edson Cruz: “... vendo o escritor não como construtor, mas como colecionador que se comunica com o mundo ao conquistar sua coleção de palavras”.

Assim, os temas viram releituras, na medida para os amantes da poesia, como em Pedro Du Bois:

“Poesia de palavras simples / rimas simples: / expressa sentimentos

explora sentimentos / sente / o fazer feliz / deixar feliz. // Poesia de

palavras certas / em seus significados...”

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