Que dizer a alguém do Front?
Que a Terra existe? Que o ar é navegável? Que a água é limpa?
Que dizer para alguém
que sabe que o sino logo se dobrará?
Uma carta, um jogo, um coringa será velho ao jogo desse oráculo de carne,
que sem palavras segue feito muralha de sua própria orada,
tipo corpo caído
ave sem pouso
que dizer?
Seguir a insegurança de quem se nomeia soldado entre soldados.
Batalhão de choque, pelotão de uma ordem mundial, a ti envio este universo em branco, e eis minha batalha solidária a mais conVersas.
Uma página
entre cadernos é só o que me alcança em tuas linhas.
Um ponto na tua vírgula. Um acento no teu viver. Uma aspa na tua coragem de seguir a ordem de alguns covardes
e no final
meu desejo de que a irrealidade se vista de esperança
e onde uma mina se estilhaça, minha mão não alcança o que meu sentimento tenta sublimar... por isso escrevo, escrevemos, publicamos a nós e a outros e seguimos soldados de amor à Arte.
Beijos,
Carmen Silvia Presotto
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