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terça-feira, 15 de março de 2011

Desígnio, será? (Silmar Bohrer)




Bulimos tanto no planeta
sem nenhum impedimento,
tantas tragédias, sem veneta,
o mundo virou sofrimento.

Tempestades, vendavais,
maremotos, mar profundo,
outras eras foram iguais
ou o que há com este mundo.

Será um desígnio desta terra
estar sempre em ebulição,
caos, tormentos, guerra,

O bicho-homem tem transformado
em planeta-terra-mundo-cão
no cosmos um cantinho abençoado


Barra do Saí, 12.3.11

Silmar Bohrer no Recanto das Letras
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segunda-feira, 14 de março de 2011

Dimas Macedo e o doce lar das letras (Nilto Maciel)


(Dimas Macedo)

Minhas amizades com escritores cearenses se iniciaram em três etapas: até meados de 1977 (quando me retirei para Brasília); deste tempo até setembro de 2002 (período em que vivi na Capital Federal); e o depois disto. A primeira começou pouco antes do surgimento da revista O Saco: Airton Monte, Batista de Lima, Carlos Emílio, Gilmar de Carvalho, Jackson Sampaio, Oswald Barroso, Paulo Veras, Renato Saldanha, Rosemberg Cariry, Yehudi Bezerra e outros. Na segunda, sobretudo quando a Fortaleza vinha de férias, me aproximei mais de Adriano Espínola, Floriano Martins, Carlos Augusto Viana, Luciano Maia, Márcio Catunda, Nirton Venâncio e Rogaciano Leite Filho, participantes do grupo Siriará. A seguir, conheci Dimas Macedo. Não me lembro da apresentação, quem a fez, onde e quando. Pode ter sido numa das noitadas no Estoril. Não sei, pois bebíamos além do que sorviam os idólatras de Baco e, assim, quase todo o meu viver de então o arrastou o vórtice do olvido ou se afundou nas reentrâncias da memória.