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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Por trás de todo terrorista há sempre um homem de cajado em punho (Nilto Maciel)



O artigo “Por trás de todo terrorista há sempre um homem de cajado em punho”, de Bruno Savolino, encontrei ontem em alguns sites. Li-o, mas não o copiei. Hoje, porém, visitei os mesmos sites e não o achei mais. Não sei se Bruno existe, se usou pseudônimo ou se é brasileiro. Da leitura ficaram-me algumas impressões, não exatamente de sua literariedade. A primeira delas é a de que terrorista é aquele que instaura o terror. Alguns têm ideologia política. São usados por teóricos de revolução, para os quais só a violência pode mudar o curso da História. No mais das vezes, terroristas agem em causa própria. Que não é tão própria como se pensa. É dele, de seus assemelhados e dos que os criam.

Canção da água, um romance (João Carlos Taveira*)


O médico Carlos Magno de Melo certamente encontrou na literatura o mesmo que autores como Dante Alighieri, A. J. Cronin, Pedro Nava, Moacyr Scliar, entre outros, vislumbraram, antes, durante e depois do exercício da medicina: a possibilidade de se dedicar também a algo que traz no seu bojo a vida e seus desmembramentos. Tanto a medicina quanto a literatura lidam diuturnamente com problemas humanos e, muitas vezes, se misturam em terrenos patológicos ou psicológicos. Escrever nada mais é do que prescrever soluções para os problemas alheios, com certa dose de alívio e contentamento para quem emite a receita. O médico precisa tanto de seus pacientes quanto o escritor de leitores. E essa correlação, explícita no sentido ontológico, é que, me parece, determina a atração para as duas profissões: o contato com seres fisicamente enfermos e abalados psicologicamente ou seres em busca de beleza e de compreensão da própria vida. Todo leitor, em essência, é um curioso do conhecimento, um potencial aprendiz…