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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sobre naturezas humanas (Luciano Bonfim*)


(Adega, de J. Victtor)

Outro dia conheci uma arquiteta que cuida da preservação do patrimônio histórico de nosso município – na realidade das fachadas dos casarões do centro da cidade –, omito o seu nome para não causar transtornos e evitar constrangimentos futuros.

Tivemos uma conversa bastante agradável e, em seguida, ela me convidou para tomar um café em sua companhia.

Poemas (Antônio Agostinho Santiago*)

Menino com Cabras - Mário Zanini


Reminiscência

Do passado eu recordo a ingratidão;
Minha infância, meu lar, minha família.
Inda tenho a primeira juvenília
Que eu cantava no velho casarão.

Malhadinha querida, meu rincão!
Um cenário de luta e de vigília,
Que ficara a rondar como quizília
No meu rústico e triste coração.

Quando a morte levou mamãe querida,
A tristeza infestou nossa guarida
Nos deixando na grande solidão.

Lendo agora, por sorte, meus anais,
Vejo a foto macabra dos meus pais,
Choro e grito atônito de emoção!



A Casa do Meu Avô

Numa parede comprida
Restos da matolagem
Apetrechos de viagem
Da nossa gente querida.

Naquela velha guarida
Uma bonita alpendragem
Simbolizando a linhagem
Daquela casta aguerrida.

No pátio do criatório
O tamarindo simplório
Reduto dos passarinhos.

Com meu pensamento lampo
Descrevo a casa de campo
Relíquia dos Agostinhos.


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Antônio Agostinho Santiago é natural de Russas-CE. Poeta e repentista, cantador de viola, teve pouco acesso a escola, mas foi o suficiente para tornar-se ávido leitor. Não tem livros publicados, mas tem um blog: Caminhante do Sol - agostinhas veredas versejadas.

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