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sábado, 16 de abril de 2011

Pascua (Cláudio Sesín*)








A un íntimo desierto


iremos a ofrendar nuestro silencio


y llegaremos cadáveres en flores,


cantando sobre la estéril firmeza de la noche.

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*Cláudio Luis Sesín nasceu em 9 de junho de 1959, em Villa Dolores, Velle Viejo, tendo passado a infância em Pomán, província de Catamarca, Argentina. Publicou La Barbárie (1993), El círculo de fuego (1997) e El libro de los poemas casuales (2008), em edição bilíngue español-portuguê. Este poema é de Palabras Sencillas (2010)
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Metacrônica II (Simone Pessoa)


O paradoxo do cronista é que, ao tempo em que tem intensa conexão com o dia a dia das pessoas, é, em geral, um solitário. Na ânsia de retratar o entorno e decifrar o que está além do visível, o cronista acaba por se isolar na redoma das palavras. Com isso, perde, muitas vezes, a oportunidade do convívio com as pessoas em favor do silêncio imprescindível ao ato criativo.