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sexta-feira, 13 de maio de 2011

A memória do holocausto e o holocausto da memória (Eduardo Sabino*)

Novo romance de Michel Laub explora história e subjetividade



“O holocausto nasceu e foi executado na nossa sociedade moderna e racional, em nosso alto estágio de civilização e no auge do desenvolvimento cultural humano, e por essa razão é um problema dessa sociedade, dessa civilização e cultura.” (Zygmunt Bauman)

Diário da Queda, de Michel Laub (Companhia das Letras, 2011), confronta um tema muito explorado pela Arte nas últimas décadas: o holocausto. O narrador-personagem do romance, neto de um sobrevivente de Auschwitz, tem consciência do risco da repetição e foge dela ao focar elementos de uma memória biográfica que se conectam, ainda que subjetivamente, à memória histórica.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Nós em torno de Antero e Lobato (Marco Aqueiva*)




Até há pouco os ideais marchavam à frente, e muitos de nós os perseguíamos como costumam os cães fazer. Os ideais eram sólidos e palpáveis, e não nos queixamos do médico que nos curou da loucura. Temos tantas razões hoje para recusarmos os grandes ideais que suspeito ser esta a razão de sermos indiferentes à história e, pior, tristemente liberados de toda obrigação para com ela, se obviamente isso fosse possível.