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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Clemente Rosas (W. J. Solha)

Inventário de esperanças e sucessão vertiginosa de experiências de um líder estudantil

(Clemente Rosas)


Bancário com carreira no sertão e na capital paraibanos, tive enorme inveja quando comecei a trocar e-mails - há dois ou três anos - com vários colegas do BB, também escritores, mas que tiveram carreira internacional no Banco do Brasil: Esdras do Nascimento, Ivo Barroso e Carlos Trigueiro – todos agora no Rio. Do mesmo modo, lembro-me – com imenso complexo de inferioridade - da figura lendária em que se tornou um tal de Manoelzinho, que aprendera a ler sozinho aos quinze anos, nas abas de uma serra da região de Pombal, onde vivi; fora pro seminário de Cajazeiras, perto dali; trocara a batina por um emprego no Bradesco, em Recife; se mandara pro Rio – aprovado em concursos da Petrobrás, Banco do Brasil e Banco do Estado de São Paulo, optando pelo primeiro – até que, ante a repressão da ditadura, matriculara-se na Sorbonne, na França, desviando-se de lá pra Universidade Patrice Lumumba, de Moscou, onde morrera algum tempo depois, devido a um tumor no cérebro. Transformei sua trajetória – tão fascinante me parecera - na de meu personagem Zé Medeiros, em meu até hoje inédito romance “Dricas”.

O fim do caos? (João Soares Neto)



Em 2002, publiquei o livro “Sobre a Gênese e o Caos”. Nele, na parte primeira, a gênese, procuro, analiticamente, tentar explicar, se é que é possível, o que levou o Al-Qaeda, de Osama Bin Laden, a afrontar os Estados Unidos, no dia 11 de setembro de 2001, ocasionando quase 3.000 mortos. Na parte segunda, do caos, criei onze contos diversos, mas todos com foco na tragédia americana. Contos, vocês sabem, são estórias curtas, criadas, geralmente com poucos personagens, com começo, meio e um fim diferente do que se espera.