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terça-feira, 24 de maio de 2011

Navalha na carne (Silvério da Costa)



Carnavalha, romance de Nilto Maciel, é um grande baú de espantos e veleidades da condição humana, no dia a dia dos moradores de Palma.

O livro divide-se em 8 (oito) partes, cada uma delas com diversos capítulos, curtos e nominados, apresentando uma gama de questionamentos acerca da existencialidade. Os capítulos, muito bem estruturados, até poderiam ser chamados de minicontos, dada a sua independência, digamos assim, parcial. Eles se unem, todavia, para alcançar o seu objetivo mor que é busca daquele algo mais que faz do livro um romance.

A era da incerteza (W. J. Solha*)

(Karl Marx)


Todo mundo conhece a lenda folclórica hindu em que sete cegos se deparam, pela primeira vez, com um elefante. Vivi algo semelhante em 1992, depois de ver vários VTs do concerto “Os Indispensáveis”, com música do Eli-Eri, texto meu, participação de vários solistas, sinfônica, grupo de dança Sem Censura e coral da UFPB. Cada um desses VTs foi encomendado por um participante, e o resultado foi que nenhuma das versões afinal disponíveis mostrou o espetáculo como um todo. O contratado por Eli-Eri concentrara-se no maestro, o tenor Elton foi quase que onipresente na sua versão, uma das dançarinas também centralizou totalmente a fita que encomendara, e assim por diante. Eli-Eri percebeu a mancada e me pediu que fizesse uma cópia que juntasse todos aqueles pontos de vista numa montagem cinematográfica da coisa, e foi só quando todos tivemos uma visão de conjunto do que vivêramos.