As palavras restringem os nossos sentimentos e, por isso, muitas vezes usamos o chavão: “Não tenho palavras”. O sentimento vai além do que poderia ser descrito.
O poeta Oliveira e Silva pergunta: “Quem somos nós, senão a chuva e o vento, / Quando, por acaso, dialogamos, / sob um céu vago, às vezes pardacento, / Ao gemerem as árvores nos ramos?” Assim, ele indaga sobre o sentido da vida e nos mostra que ela é feita de palavras que podem ser inadequadas, opostas, reparadoras, carinhosas, famosas, educativas, deslocadas, coloridas, surpreendentes e cifradas.