(UMA CELEBRAÇÃO DO ESCRITOR E DO LEITOR)
Em memória de Alfredo David Vieira Sanseverino, de Beluco Marra, de Giuseppe Luchini Vieira, de Ivan Moreira da Silva e de Ronaldo Paixão (todos eles apaixonados pela leitura)
Em memória de Alfredo David Vieira Sanseverino, de Beluco Marra, de Giuseppe Luchini Vieira, de Ivan Moreira da Silva e de Ronaldo Paixão (todos eles apaixonados pela leitura)
Pela intensa e exemplar luta em prol da vida de Maria Aparecida Vieira de Almeida e de Maria Letícia Vieira da Silva
E pela saúde da minha querida afilhada Letícia Lopes Miranda
(Ouvindo Bach, Cartola e Lupícinio Rodrigues)
Quem escreve é um leitor do “passado”? Um nostálgico? Quem sabe. O livro vai acabar? – indagam. Eu sei: a leitura encontrou formas paralelas de existência, como disse José Mindlin. O texto na tela é uma das alternativas atuais do livro. É claro: eu prefiro o impresso. Gosto de ”tocar” o livro, de sentir o seu cheiro, de anotar e de rabiscar no canto, de marcar trechos com canetas coloridas. Para mim, é mais prazeroso encontrar um livro na estante, de ir a sebos, e não à mega-livrarias impessoais. Parece bobagem. Mas é o meu barro. Talvez – como alguém já detectou –, o livro de papel tenha algo de artesanal na sua concepção e impressão. No futuro, ele será objeto de culto de uma minoria? Não se opõe qualquer resistência ao livro digital. Para um viajante contumaz, talvez seja preferível carregar um e-book. Para um leitor habitualmente caseiro e compulsivo como eu – que lê vários livros ao mesmo tempo, que não consegue ler sem anotar –, o livro de papel é melhor.