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domingo, 29 de maio de 2011

O Cravo Roxo do Diabo: o conto fantástico no Ceará

O Cravo Roxo do Diabo: o conto fantástico no Ceará




(Expressão Gráfica e Editora/ Selo Edição do CAOS)


Organização de Pedro Salgueiro e pesquisa de Sânzio de Azevedo, Pedro Salgueiro e Alves de Aquino (Poeta de Meia-Tigela)
— ganhador do VI Edital de Incentivo às Artes da SECULT —


O FANTÁSTICO em 173 contos, 60 poemas e 17 recortes de romances cearenses.


A maior e mais completa coletânea do gênero no Estado!


Data: 1º de junho de 2011 (quarta-feira)


Horário: 19h


Local: SESC/SENAC Iracema (Rua Boris, 90 – ao lado do Dragão do Mar)


Apresentação: Entrevista de Carlos Vazconcelos, no Projeto “Bazar das Letras do SESC”, com o organizador e pesquisadores da obra.


Durante o coquetel acontecerá a sessão de autógrafos


Sobre a obra: Incansável, obstinado vampiro de antiguidades, o neopesquisador Pedro Salgueiro (também praticante do fantástico) se deu a missão de vasculhar o passado impresso (livros, revistas, jornais), à cata de obras fora do realismo. Porque, na verdade, só existem duas categorias de literatura: a realista e a não-realista ou fantástica. Não satisfeito com o que encontrou nas bibliotecas públicas de Fortaleza, empreendeu viagens aos mais distantes porões da memória. Certamente não encontrou tudo, porque tesouros estão bem enterrados e muitos talvez nunca sejam localizados. Descobriu [com o auxílio de Sânzio de Azevedo e do Poeta de Meia-Tigela (Alves de Aquino)] poemas, contos, crônicas e romances que vão do absurdo mais arrepiante à irracionalidade mais contagiante. (...) Não se tem notícia de obra tão abrangente no Ceará e mesmo no Brasil. Coletâneas de contos fantásticos há muitas. No entanto, nesta coleção há muito mais do que narrativas curtas de mistério, horror, espanto. Salgueiro arrancou do fundo da terra – como um coveiro imortal, sempre a cavar o chão, embora enterre os mortos (seria melhor dizê-lo, pois, arqueólogo) – peças literárias criadas pela banda sórdida da imaginação humana. Nilto Maciel, escritor e pesquisador em literatura

Apoio Cultural
SESC – CE
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sábado, 28 de maio de 2011

Belvedere Bruno entrevista Nilto Maciel

(Publicado originalmente em Literacia – literaciaentrevistasetc.blogspot.com, de 5/5/2011)



Literacia - Como você vê o atual cenário literário do país?
NM – Se a literatura nasce dos livros e da leitura, a utilização de livros e leitura se inicia na escola. Portanto, para que uma literatura se faça, é necessário que a escola exista e seja boa. No Brasil, a escola não conduz o aluno ao livro, à leitura. A maioria dos estudantes não sabe ler ou não tem o hábito de ler. O que salva a literatura brasileira é a lei natural que faz com que um menino ou menina se dedique a ler, tome gosto pelos livros e chegue a também escrever. É o caso de Machado de Assis, Lima Barreto e tantos outros escritores de origem pobre. A literatura é a irmã desprezada da família das artes. Aquela que os pais desprezam, os padrastos rejeitam, os vizinhos escorraçam, a polícia prende e machuca, os homens no poder chamam de loucos. Tirante um ou outro Paulo Coelho, não há um só escritor brasileiro que consiga se alimentar uma vez por dia, se depender da venda de seus livros. Todo escritor tem uma profissão: médico, advogado, funcionário público, bancário, etc. Apesar disso, temos tido ótimos escritores, que podem ser postos ao lado dos grandes do mundo. Talvez não tenhamos nenhum do tamanho de Camões, Dante e Shakespeare. Com o surgimento da Internet, este quadro tende a melhorar. O estímulo a ler e escrever é muito maior hoje. Assim como a publicar.