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sábado, 18 de junho de 2011

Duzentos livros indispensáveis (W. J. Solha)


(Homero)

Will Durant – filósofo, historiador, escritor americano – fez, há muitos anos, uma lista dos cem livros que ninguém, culto, poderia deixar de ter lido. Mas o rol me pareceu, de imediato, muito sujeito ao lugar e à época em que nasceu e viveu seu autor, donde deduzi que uma relação minha teria de ser em grande parte diferente da dele. E aqui está ela, a pedido do poeta de Ilhéus, Fabrício Brandão, claro que sujeita às minhas limitações. Uma delas foi a de que não consegui levantar cem, mas duzentas obras sem as quais não poderíamos nos dar por satisfeitos.

Desvio de função (Ronaldo Monte)


A partir de certa idade, o que mais nos faz perder tempo é o que chamo de desvio de função. Esclareço. Se eu estiver indo em direção à cozinha pegar um copo d’água, não me peçam para apagar ou acender uma luz. Daí eu posso ver se o portão lateral está fechado, depois vou aguar as plantas e depois me sentar no terraço para terminar de ler o jornal. Somente aí é que vou me lembrar que estou com sede. E saio de novo em direção à cozinha na esperança de que não me peçam para apagar ou acender nenhuma luz.