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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Parabélum: expectativas heroicas de nós, leitores (Nilto Maciel)


Não sei quando se iniciou a impressão do Parabélum. Terá sido em 76? Ou 77? Não sei também quando me encontrei com Gilmar de Carvalho, na Praça do Ferreira (manhã ou tarde?), e ele, muito feliz, anunciou: Nilto, meu romance está quase pronto. Dias ou meses depois, obtive (não sei se comprei ou ganhei) um exemplar da obra, que li bem devagar, tomado de estupefação. Ora, ora, aquilo era um monumento de ouro.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Subverso (Raymundo Netto)


Horas. Horas. Horas.
Insistia o relógio na parede: desista, homem!
A manhã sobranceirava à ruína da caneta embotada há tempos.
Imerso num oceano de sem-ideias, o gramático se rendia à evidência:
“Não consigo escrever... Logo eu?”