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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dos ventos (Silmar Bohrer)



1
E ouçooventouivando
nas vacarias do mar,
vamos juntos silabando
uma cantiga em cismar.


2
A cadeira anda agitada
ao sabor dos bons ventinhos,
às vezes, em desabalada
ela dá alguns pulinhos.


3
Andam solapando os beirais
esses ventinhos noturnos,
lúgubres, quase soturnos,
gemem tristíssimos ais.

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quinta-feira, 7 de julho de 2011

Parabélum: expectativas heroicas de nós, leitores (Nilto Maciel)


Não sei quando se iniciou a impressão do Parabélum. Terá sido em 76? Ou 77? Não sei também quando me encontrei com Gilmar de Carvalho, na Praça do Ferreira (manhã ou tarde?), e ele, muito feliz, anunciou: Nilto, meu romance está quase pronto. Dias ou meses depois, obtive (não sei se comprei ou ganhei) um exemplar da obra, que li bem devagar, tomado de estupefação. Ora, ora, aquilo era um monumento de ouro.