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quarta-feira, 20 de julho de 2011

A literatura do avesso de Renato Tardivo* (Daniel Franção Stanchi*)



A tela do avesso, o avesso da tela

Do avesso (Com-Arte, 2010) é o livro de estréia de Renato Tardivo. Neste livro, composto por dezenove textos, Renato nos cumprimenta com uma belíssima epigrafe: “Só há um único destino àquele que viaja: o futuro do pretérito”.

Tal como Paul Celan, o poeta romeno, nos diz que a poesia é como um aperto de mãos e que somente mãos verdadeiras escrevem poemas verdadeiros: Renato Tardivo nos brinda com esta epigrafe-aperto-de-mãos que não só profetiza o que virá, mas nos revela o tom cíclico e oracular do qual a literatura de Renato se faz testemunha silenciosa. O fim é o começo, o começo é o fim. Mas que tem a literatura a ver com isso e, mais especificamente, a literatura de Renato Tardivo?

terça-feira, 19 de julho de 2011

Aquiles (Emanuel Medeiros Vieira)


À vida calma, optou pela guerra: Aquiles.
Tétis, tua mãe, matava seus filhos querendo imortalizá-los,
mas quando nasceu o sétimo, resolve banhá-lo no Rio Stix,
segurando-o pelos calcanhares:
seu corpo não é mais vulnerável
(fica apenas com um único ponto fraco).