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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Malindrânia: relatos urbanos entre o surrealismo e o fantástico (Aíla Sampaio)

(Publicado originalmente no sítio “Ensaios de Literatura e Arte”: http://litebrasil.blogspot.com/)


 
Malindrânia (Topbooks, 2010), livro de relatos do escritor cearense Adriano Espínola, traz 18 narrativas a que o poeta denomina de relatos, fugindo da rotulação dos seus textos como contos. Com livros de poemas publicados e bem recebidos pela crítica, como Fala, favela (1981), Em trânsito (1996) e Beira-Sol (1997), entre outros títulos de igual relevo, Adriano Espínola envereda pela narrativa curta com proposta estética muito própria, transitando entre o surrealismo e o fantástico, formas simbólicas de retratar a cidade contemporânea sem descrições clichês.

domingo, 24 de julho de 2011

Um Homem e Seus Poemas em Tradução Primorosa (João Carlos Taveira*)

(Ático Vilas-Boas)


Em todas as artes podem ser encontradas com certa facilidade duas vertentes categóricas: a de jovens gênios que, numa idade mais avançada, se apagam completamente para a criação, e a de artistas maduros que ignoram o passar do tempo e continuam criando obras de grande vigor estético talvez até mais transgressoras do que aquelas do tempo de juventude. Os exemplos são muitos. E em todos os segmentos. A título de ilustração, tome-se como exemplo apenas um nome da história da música: Giuseppe Verdi, o gênio da ópera italiana que viveu 88 anos e construiu uma das obras mais altas e coerentes de que se tem notícia, produzindo verdadeiras filigranas da música lírica até o fim da vida.