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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Eco no Labirinto (Carlos Roberto Vazconcelos)



Inicia-se o ano de 2006. Surpreendo-me lendo o romance O Nome da Rosa, do italiano Umberto Eco, num momento em que só aumenta, nas livrarias e bibliotecas, a procissão em busca do Código da Vinci, de Dan Brown.

Às vezes ando mesmo na contramão. E tenho manias muito pessoais: visitar cemitério em dias comuns, que não o de finados; preferir os templos vazios às missas ou cultos; cascavilhar nas locadoras de vídeo não os novos lançamentos, mas os eternos clássicos... Ler o Eco, em vez do Brown?

domingo, 7 de agosto de 2011

Sobre histórias e abismos (Eduardo Sabino*)




O realismo como padrão de nivelamento na narrativa

A seção de literatura nacional de uma livraria – aquela a que chegamos após atravessarmos labirintos quase borginianos de autoajuda, não ficção, best sellers, vampirinhos e criaturas afins – apresenta, em geral, o triunfo do realismo urbano. São narrativas que se alimentam de uma estrutura inaugurada por Flaubert e Balzac ainda no século XIX. A prosa realista se caracteriza, principalmente, pelo culto aos detalhes, dinâmicos e estáticos, da realidade nos arredores do olhar autoral.