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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lassidão e euforia de leitor exigente (Nilto Maciel)


Ainda não consegui arrematar um conto iniciado há alguns meses. Todo dia acordo com a intenção de me dedicar a ele. No entanto, as mensagens dos amigos (quase sempre recheadas de poemas, narrativas, crônicas e artigos) me conduzem a leituras demoradas. Além disso, o carteiro, dia sim, dia não, grita meu nome. Ocupado, também grito: Pode jogar por cima do muro. Não posso, Seu Nilto; é livro. Zeloso, não quer deformar o objeto. Pois neste setembro venturoso recebi uma dezena de publicações. Algumas ainda estão no escaninho reservado aos papiros a serem lidos, como Eu tenho medo de Górki & outros contos, estreia de Ângela Calou; Libido aos pedaços, novo romance de Carlos Trigueiro; quatro tomos de Péricles Prade; e um ensaio de Álvaro Cardoso Gomes e Eliane de Alcântara Teixeira. As que li foram Memorial Bárbara de Alencar & outros poemas, do Poeta de Meia-Tigela (tratei dele no escrito “Dona Bárbara de um poeta”), e as oito às quais me referirei nesta nota. Que me desculpem os colegas, por não dispor de mais tempo e não ter ânimo (talvez deva dizer talento) para engendrar uma resenha. Ou uma para cada obra.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

‘Vida cachorra’, de Mariel Reis, entre o distanciamento e a identificação (Claudinei Vieira*)





Literatura não é reprodução da realidade (assim como nenhuma arte). É um reflexo, um comentário, uma postura, um ponto de vista do autor para o que lhe acontece ao redor. Nem mesmo uma pretensa literatura ‘realista’ pode fazer uma transposição direta da vida para as páginas: há sempre, e em primeira e última instâncias, a mediação do autor.