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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Uns versos (Silmar Bohrer)



Um mar sempre em movimento
a nossa vida deve ser,
Lobato exercia com poder
o que era seu pensamento.


Tarde opaca e sombria
nas vacarias do mar,
nenhum barco a revelia
neste mar a navegar.

Versos chegando, fresquinhos,
estes aí da primavera,
nem confeitos nem quimera,
são alguns pobretes versinhos.


As calendas setembrinas
têm o perfume de calêndulas,
e as horas se vão pêndulas
com gostinhos de ambrosinas.


Setembro no dia supino,
primavera enfim voltando,
e os álamos lá no cimo
balouçando... balouçando...
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domingo, 30 de outubro de 2011

Coisas Engraçadas de Não se Rir XII: Literatura Para Quem? (Raymundo Netto)



Nunca gostei ser chamado, ou às vistas, de intelectual. Claro, o criar, como o escrever, é ação intelectual, pois de empregar mente e espírito. Por outro lado, quando o intelectualismo prima da racionalidade em despeito às emoções, perde para mim toda a graciosidade. Prefiro vejam-me artista, é como me gosto ser, mesmo apoucado, aprendiz, seja como for ou quiserem. A arte, cuja matéria-prima é a palavra, esta sim, me apraz.