Coronel Oswaldo era um viúvo octogenário. O síndico perfeito. Homem de temperamento forte e austero, se distinguia pela invulgar habilidade de comando, fruto de anos dedicados às Forças Armadas de um Brasil. Procurassem, fosse na hora que fosse, acolhia pacientemente as lamentações das moradoras — os maridos não lhes davam a menor bola — que o palmeavam e o exaltavam na hora da janta: “Que homem esse é o seu Oswaldo!”
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quarta-feira, 16 de novembro de 2011
terça-feira, 15 de novembro de 2011
O romance da geração de 70 (Adelto Gonçalves*)
I
Depois de publicar, em 2005, O Viúvo (Brasília: LGE Editora), definido por este articulista como um das poucas obras-primas do romance brasileiro do começo do século XXI, Ronaldo Costa Fernandes (1952) volta a incursionar no gênero, desta vez com Um homem é muito pouco (São Paulo: Nankin Editorial, 2010), que pode ser considerado o romance de uma geração, a geração que começa agora a chegar a seis décadas de existência e viveu convulsivamente o pesadelo das décadas de 1960 e 1970, a longa noite do terror direitista (1964-1985) que infelicitou a Nação. E que como legado favoreceu o fortalecimento de um conluio de antigos esquerdistas arrependidos com arrivistas e oportunistas de todos os matizes que, hoje, saqueiam a não mais poder os cofres da República.
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