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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Quando o Amor é de Graça IV: em nome do Pai! (Raymundo Netto)
Não há quem dê nego à importância do nome, esta designação oficial de nossa existência dita cuja, seja ela a mais vã impossível, atribuída seja por quem for, a nos acompanhar pela vida e à morte, falando de nós ou por nós como uma marca, às vezes como uma chaga. Um nome bem escolhido nos coloca à frente, principalmente quando inicial “a”, ou, ao contrário, nos diminui, quando feio, cacofônico, antiquado, com sentido dúbio ou estranho, fruto do engenho experimentalista dos pais. Há tantos nomes bonitos, fortes, significantes — em alguns países asiáticos realizam-se cerimônias dirigidas por sábios que “adivinham” a função de mundo daquele ser e a coloca em seu nome — mas na hora da escolha de um nome, os pais ou os enxeridos de plantão — os “pitaqueiros” — esquecem de atentar para a criaturinha que o levará às costas, às vezes, suportando o ridículo de uma predileção momentânea.
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