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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Viandante (Silmar Bohrer)


(Estradinha, Antonio Roque)

Vinte anos por estes caminhos
tenho tido então andado
caminhando assim sossegado
a ouvir os cantores passarinhos.


Cortejando o meu riozinho,
eu e as matas ciliares,
sempre juntos meus pensares,
não ando jamais sozinho.


Aquelas rimas estradeiras
são as fiéis companheiras
adornando alguns versos,


Sempre cantados com sutileza,
louvando a nossa mãe-natureza,
varando longes universos.
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sábado, 24 de dezembro de 2011

Sonhos do Natal e Ano Novo (Francisco Miguel de Moura)




Não se pense o Natal maior do que é:
Um dia, uma noite, uma festa ou a recordação.
Jesus chegou dois mil anos antes
Mas veio o Papai Noel atrapalhar.
Tudo é dinheiro,
Até o tempo que sofremos,
O dia branco e a noite só,
O minuto que amamos,
A eternidade que choramos
E a morte que nos leva.


Todo dia é um dia novo,
Não depende do Natal, nem da Missa do Galo,
Não depende da mudança do calendário.


Quando nele se pensa, já mudou,
Quando se vai ao banheiro, já mudou...


O tempo nos governa em altos juros
De suor, sangue e salário.


Natal, Ano Novo passaram e ninguém não viu...
Tudo é tão veloz!
– Antes de chegar, quem sabe o que novo?


Todos os sonhos morrem no seco,
Sem chegada, sem saída, sem beco.


Teresina, 23/12/2011
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