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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Busca (Inocêncio de Melo Filho)




Caminho entre jazigos
Buscando amigos diletos
Vivos na memória.
O tempo passa
Apresso meus passos no campo-santo
Preciso rever todos os túmulos
Reler os epitáfios
Sentir as palavras nas pontas dos dedos
Chorar sobre elas
E seguir minha sina
Levando comigo lágrimas e saudades.
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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Os escritores e o café (Franklin Jorge)



Em “O Spleen de Paris”, publicado postumamente em 1869 sob o título de “Petits Poèmes en Prose”, Baudelaire glorifica o café, ao reportar-se às cafeterias e aos bulevares como arquétipos do que chama de la vie moderne. No poema “Os Olhos dos Pobres” ele flagra o que seria uma cena primordial desse novo tempo, implementado sob Napoleão III, quando o prefeito Georges Eugene Haussmann empreendeu a gigantesca reforma urbanística de Paris, donde provém o paradigma de “cidade luz”.