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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Frustração (Clauder Arcanjo)





Uma prosa disfarçada de poesia.
Ela, arguta e sábia, desvendou-a.
Um pedido de desculpas, rápido.
Cândida, boa, não me amaldiçoou.


Eu, frustrado poeticamente por mim,
Converti todos os meus remorsos
Em ossos de prosa numa folha
Outrora enganosamente poética.

clauderarcanjo@gmail.com

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pelos labirintos de Joyce (Valdivino Braz)

(James Joyce)
 
Fruir o lúdico joyceano. É o mínimo que “Finnegans Wake” espera de nossa parca inteligência. Fruir (vide Aurélio) é “estar na posse de”. Se você não toma posse do texto, nada possui ou extrai dele; deixa, então, que o texto lhe possua. Esteja possuído, e já se dê por satisfeito. “Tirar de uma coisa todo o proveito, todas as vantagens possíveis, e, sobretudo, perceber os frutos e rendimentos dela”, prossegue mestre Aurélio, arrematando que fruir é desfrutar. Desfrute, ó falso leitor — “hypocrite lecteur”, diria Baudelaire.