Translate

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Quando o Amor é de Graça IX: Feche os Olhos e Pule! (Raymundo Netto)



“Deixe-me ir, preciso andar. Vou por aí a procurar rir prá não chorar”*

Então, pus o Cartola na cabeça e toquei a mesma estrada daqueles que não voltaram para contar história. E, um dia, acreditei, por perceber-me tão soltamente de um jeito: “Nada mais tenho a perder!” Coisa de assusto e libertação. Passei a pegar ônibus mais lento, do motorista duvidar se há-inda passageiro; de não olhar relógio; de não saber como nem quando voltar; de não me perguntarem se vou ou se volto e de não me esperarem para nada e por nada esperar.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Abraços (Pedro Du Bois)




Em meus braços cabe o corpo
(olhos fechados, passos rápidos,
a mão aperta minha mão)
tensiono as costas e dirijo o passo
no espaço incolor da inexistência
(olhos se abrem e mãos se desprendem)
meu abraço na oportunidade
do sonho.

/////