(Poeta Roberto Pontes)
Há muito e muito tempo, numa cidade perdida nos confins dos trópicos, fui convidado por um louco a conhecer um amigo dele. Naquele tempo, eu me entusiasmava com ‘a divina loucura humana’, de que falava José Alcides Pinto, o mais doido dos poetas que conheci. Talvez fosse o ano de 1975. Encontramo-nos, eu e meu camarada maluco, num prisco largo, antes chamado de Feira Nova. Tem certeza de que quer conhecer o bardo? Tenho. Então vamos. E fomos. O tal menestrel nos recebeu com sorrisos, água gelada, palavras amigas e livros. E de seu escritório saí com um exemplar de Lições de espaço: Teletipos, Módulos & Quânticas, edição de 1971.